tag:blogger.com,1999:blog-4293939605200197494.post208709328945509096..comments2010-07-03T06:48:58.298-07:00Comments on Política, segurança e proteção: a propósito do lançamento de excertos: "Do governo dos Vivos"Edson Lopeshttp://www.blogger.com/profile/08578203487875790522noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-4293939605200197494.post-63192508319472683222010-07-03T06:48:58.298-07:002010-07-03T06:48:58.298-07:00Caro Edson Lopes, muito obrigado por sua análise. ...Caro Edson Lopes, muito obrigado por sua análise. Quero dizer que você tem razão na sua sugestão, e a esse respeito, permita-me reproduzir uma passagem de Foucault que você certamente conhece, mas que confirma nossas preocupações. Segue:<br /><br />"O que se passa hoje? A relação de um Estado com a população se faz essencialmente sob a forma disso que se poderia chamar o “pacto de seguridade”. Antes o Estado podia dizer: “Eu vos darei um território” ou “Eu garanto que vos podereis viver em paz em vossas fronteiras”. Era o pacto territorial, e a garantia da fronteira era a grande função do Estado. Hoje o problema de fronteira se apresenta mediocremente. Isso que o Estado propõe como pacto para a população é: “Vocês serão garantidos”. Garantidos contra tudo o que pode ser incerto, acidente, desemprego, risco. Vocês estão doentes? Vocês têm a Seguridade Social! Vocês não tem trabalho? Vocês terão um auxilio desemprego! Houve um maremoto? Cria-se um fundo de solidariedade! Existem delinqüentes? Garantir-se-á sua correção e uma boa vigilância policial! É certo que esse pacto de seguridade não pode ser do mesmo tipo que o sistema de legalidade pela qual, anteriormente, um Estado podia dizer: “Escutem, vocês serão punidos se fizerem tal coisa e vocês não serão punidos se fizeram tal outra”. O Estado que garante a seguridade é um Estado que é obrigado a intervir em todo caso onde a trama da vida cotidiana é atravessada por um evento singular, excepcional. De um golpe, a lei não está mais adaptada; de um golpe, é preciso essas espécies de intervenções das quais o caráter excepcional, extra legal, não deverá aparecer como o sinal do arbitrário nem de um excesso de poder, mas ao contrário de uma solicitude: “Observem como nós estamos prontos a vos proteger porque no momento que alguma coisa de extraordinário acontece, evidentemente sem levar em conta esses velhos hábitos que são as leis e as jurisprudências, nós iremos intervir com todos os meios necessários”. Esse lado da solicitude onipresente é o aspecto sob o qual o Estado se apresenta. É essa modalidade de poder que se desenvolve. (Dits et Écrits, vol. II, p. 385)<br /><br />Em suma, esse tipo de "poder solicito", ou, como chamou Foucault, Poder Pastoral, faz funcionar não somente os regimes democráticos atuais, mas também foi extremamente importante aos regimes autoritários: foi por ele que o nazismo e o fascismo conheceram a adesão massiva que tiveram.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/12446836559040154104noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4293939605200197494.post-76178417490393289122010-07-01T20:04:13.261-07:002010-07-01T20:04:13.261-07:00Boa noite Edson! Sou o Leandro que conversou conti...Boa noite Edson! Sou o Leandro que conversou contigo no dia do lançamento do livro "Do governo dos vivos", conforme você tinha dito, segue aqui no comentário o link do meu blog para mantermos o contato: http://estudosorfaos.blogspot.com/ Abraço e namedida do possível vamos conversando!Digressão Acadêmicahttps://www.blogger.com/profile/11313948837648915584noreply@blogger.com